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Responsável por um dos maiores feitos da arquitetura brasileira

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Lúcio Costa

Foto: Divulgação

Muitos descrevem a criação de Brasília como o encontro de quatro loucuras: a de Juscelino Kubitscheck, a de Israel Pinheiro, a de Oscar Niemeyer e a de Lúcio Costa. E quando falamos em loucuras, não se trata de força de expressão, é no sentido literal da palavra mesmo (risos). Graças à visão, à capacidade, à coragem e à loucura desses quatro homens, que os planos de uma capital no coração do país saíram do papel e se tornaram uma incrível realidade.

JK e Niemeyer dispensam apresentações, mas para quem quiser se aprofundar, temos um artigo quentinho sobre o grande arquiteto. Agora, para quem não conhece ainda, Israel Pinheiro foi o presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Ele era engenheiro formado na Escola de Minas de Ouro Preto, político mineiro, filho do ex-presidente de Minas João Pinheiro e amigo de JK.

No entanto, neste artigo iremos conhecer um pouco mais sobre a vida e a história de Lúcio Costa, o arquiteto responsável pelo plano piloto de Brasília, que era francês de nascimento, brasileiro de coração e brasiliense de criação.  Vamos lá?

Lúcio Costa

Devido ao trabalho do pai, que era almirante da Marinha do Brasil, Lúcio Costa nasceu em 1902, em Toulon, na França. E, graças às várias viagens do pai, ele teve a oportunidade de passar por renomados colégios na Inglaterra e na Suíça.

De volta ao Brasil, Lúcio se gradua em arquitetura pela Escola Nacional de Belas Artes e dá os primeiros passos da carreira em estilo neoclássico. No entanto, alguns anos mais tarde, ao conhecer a Casa Modernista – considerada a primeira deste tipo construída no Brasil e hoje um museu em São Paulo – o arquiteto se entrega ao estilo apresentado por Le Corbusier e Mies van der Rohe. Trazer a arquitetura moderna para o Brasil passou a ser um de seus grandes objetivos.

Inclusive, em um tradicional salão organizado pela Escola Nacional de Belas Artes, onde Lúcio foi diretor, ele trouxe diversos artistas e intelectuais da corrente moderna, resultando em um Salão Revolucionário e também em sua exoneração do cargo de diretor.

Mesmo com as resistências encontradas, a carreira de Lúcio Costa seguiu em pleno crescimento, fazendo parte de importantes cargos e obras como: o projeto da nova sede do Ministério da Educação e Cultura no Rio de Janeiro, projeta o Pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova York e é nomeado diretor da Divisão de Estudos e Tombamentos do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN).

Curiosidade! Lúcio Costa recebeu o título de Professor Honorário de Harvard, em 1960 e, mais, devido a uma inundação devastadora, o arquiteto foi convidado a liderar a reconstrução da cidade de Florença. Incrível, não!?

Você sabia? O encontro dos gênios Lúcio e Niemeyer aconteceu na sala de aula, Oscar era aluno da Escola Nacional de Belas Artes enquanto Costa foi nomeado diretor da instituição. No projeto da sede do Ministério da Educação, Lúcio convida Oscar para participar e ali sela uma parceria de muitos frutos e sucesso.

Oscar Niemeyer e Lúcio Costa.

Oscar Niemeyer e Lúcio Costa. Foto: Jean-Pierre Dalbera

Lúcio Costa viveu até a idade de 96 anos, tendo falecido em 1998, na cidade do Rio de Janeiro.

O escolhido

Conhecendo um pouco mais da história de Lúcio e  de toda sua capacidade, eficiência e brilho, é bem fácil compreender ele ter ganho o concurso para a escolha do projeto urbanístico de Brasília. Mas na época não foi tão óbvio assim.

O concurso contou com 26 projetos inscritos, desses 16 foram eliminados em uma análise inicial e os restantes foram julgados por uma comissão. Entre os finalistas, estavam as propostas de Lúcio Costa, Nei Rocha e Silva, Henrique Mindlin, Paulo Camargo, MMM Roberto e da firma Construtec.

Quando as ideias de Lúcio foram escolhidas as vencedoras, o representante do Instituto de Arquitetos do Brasil desistiu de fazer parte do Júri por não concordar com a decisão. Alguns diziam que o projeto de Lúcio era inovador e esplêndido outros avaliavam com um esboço, alguns rabiscos.O arquiteto dedicou-se arduamente a construção de Brasília de 1957 a 1960, quando a capital foi inaugurada.

Um dos primeiros Planos Pilotos de Brasília por Lúcio Costa.

Um dos primeiros Planos Pilotos de Brasília por Lúcio Costa. Foto: Uri Rosenheck / Wikimedia Commons

A verdade

Apesar do projeto de Lúcio Costa ser muito comparado ao formato de um avião, esse nunca foi o objetivo ou a proposta dele. Quem conta isso é a filha do arquiteto, Maria Elisa Costa, também arquiteta e a pessoa privilegiada de ser a primeira a ver o Plano Piloto que o pai criou para a capital do país.

De acordo com ela, ao ver os traços escolhidos pelo pai para desenhar Brasília, ela não se impressionou, pois, o projeto era exatamente a descrição do pai, intuitivo, objetivo, funcional, um espaço onde as pessoas se sentiriam bem.

Sem papas na língua, Maria Elisa, uma ferrenha defensora da proteção e do tombamento das obras  participou do programa #minhabrasília no youtube e contou várias curiosidades e história do gênio que pode chamar de pai:

Principais obras

Sem dúvida nenhuma, o grande feito de Lúcio Costa em vida foi a construção de uma capital completa do zero, no coração de um país com dimensões continentais. Mas ele também é responsável por vários outro projetos maravilhosos. Confira alguns:

• 1920 – Castelo de Itaipava, projetado pelo arquiteto Lúcio Costa e seu amigo Fernando Valentim; foi construído em 1920 pelo Barão J. Smith de Vasconcellos, é famoso por ser uma reprodução de castelo renascentista, que fazem dele o único castelo em estilo medieval com um toque normando clássico das Américas;

• 1934 – Vila Operária de João Monlevade, Minas Gerais;

• 1936 – Projeto do edifício-sede do Ministério da Educação e Saúde Pública, atual Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, com equipe de arquitetos cariocas (incluindo Niemeyer);

• 1937 – Projeto para o museu em São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul;

• 1939 – Pavilhão do Brasil na Feira Internacional de Nova York;

• 1952 – Projeto da Casa do Brasil, na Cité Internationale Universitaire de Paris de Paris;

• 1956 – Sede social do Jockey Club do Brasil, no centro da cidade do Rio de Janeiro;

• 1957 – Brasília, a capital brasileira e um dos marcos do urbanismo do século XX;

• 1967 – Barra da Tijuca, plano piloto da expansão da região metropolitana do estado do Rio de Janeiro.

Espaço Lúcio Costa

Espaço Lúcio Costa

Foto: Uri Rosenheck / Wikimedia Commons

Com absoluta certeza, tantas histórias, trabalhos e contribuições precisavam ser eternizados em um espaço para que futuras gerações soubessem e conhecessem esse gênio.

E, felizmente, a criação do Espaço Lúcio Costa aconteceu ainda durante a vida do arquiteto e foi um belíssimo presente para seu aniversário de 90 anos, claro, projetado pelo parceiro inseparável Niemeyer.

O local conta com construção subterrânea que abriga em seu acervo a Maquete de Brasília, circundada por uma galeria onde se encontram expostas cópias dos croquis e do Relatório do Plano Piloto, apresentados por Lúcio Costa em 1957, além de fotos históricas da época da construção e inauguração da cidade.

Serviço
Endereço:
 Praça dos Três Poderes – Esplanada dos Ministérios Brasília – DF
Telefones: (61) 3325-6244 / 3323-3728 / 3326-7709
Horário de atendimento: de terça-feira a domingo das 9h às 18h
Ingresso: entrada franca

Em Brasília, hospede-se com conforto e segurança. Estamos esperando você!

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